A segurança no ambiente de trabalho é uma questão que reflete o compromisso de uma empresa com a saúde e o bem-estar de seus colaboradores. 

Isso, consequentemente, resulta no sucesso empresarial, porque um funcionário empenhado, protegido e bem cuidado trabalha com mais vigor, produz mais e faz melhor. 

Mas o que fazer quando um ambiente de trabalho não conta com práticas de SST?

Como identificar os tipos de acidentes mais comuns e formas de evitá-los? 

Neste conteúdo vamos explorar isso e muito mais. 

Confira! 

O que é acidente de trabalho?

Um acidente de trabalho é um evento vinculado ao desempenho de atividades, que resulta em lesão física ou funcional ao trabalhador.

De acordo com a legislação, este conceito abrange um conjunto variado de incidentes, desde lesões imediatas decorrentes de quedas, até condições de saúde agravadas pelo ambiente de trabalho, como doenças ocupacionais.

Existem diferentes tipos de acidentes de trabalho, cada um com suas características e consequências. 

Abaixo, conheça alguns deles. 

Acidentes Típicos 

São aqueles que acontecem no ambiente de trabalho, durante o expediente, decorrentes do exercício do trabalho. 

Exemplos incluem:

• Quedas em níveis diferentes, como de escadas ou plataformas elevadas, ou no mesmo nível, devido a pisos escorregadios ou obstruídos.
• Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), resultantes de movimentos repetitivos ou posturas inadequadas por longos períodos.
• Acidentes com máquinas e equipamentos, causados por uso inadequado, falta de manutenção ou falhas no equipamento.

Acidentes de trajeto

Refere-se aos acidentes que ocorrem no percurso entre a residência do trabalhador e o local de trabalho.

Esses acidentes são reconhecidos legalmente como acidentes de trabalho, evidenciando a importância da segurança não apenas no local de trabalho, mas também nos deslocamentos dos colaboradores.

Doenças ocupacionais

Classificadas como acidentes de trabalho, essas condições são desenvolvidas ou agravadas pelo exercício do trabalho.

Incluem doenças respiratórias, dermatológicas ou músculo esqueléticas, resultantes da exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos.

Acidentes agravantes

Estes são incidentes que agravam uma condição preexistente do trabalhador. 

A legislação os reconhece como acidentes de trabalho, desde que a atividade laboral contribua significativamente para o agravamento da condição.

Acidente grave

Um acidente grave é aquele que resulta em lesões severas, podendo levar à morte. 

Estes eventos demandam atenção imediata e medidas de prevenção rigorosas para serem evitados.

7 acidentes de trabalho mais comuns

1. Queda 

Os acidentes de trabalho envolvendo quedas são uma das categorias mais comuns e perigosas no ambiente laboral, afetando diversos setores, desde a construção civil até ambientes de escritório. 

Eles podem ocorrer de diversas formas, incluindo quedas de mesmo nível (por exemplo, escorregões e tropeções) e quedas de altura (por exemplo, de escadas, plataformas ou telhados). 

Cada tipo de queda pode resultar em lesões variadas, desde contusões leves até ferimentos graves ou fatais.

Algumas condições que podem contribuir com esse tipo de acidente são: 

• Condições inadequadas do piso: Superfícies escorregadias, irregulares ou instáveis.
• Má iluminação: Áreas mal iluminadas que dificultam a visibilidade de obstáculos ou desnível do terreno.
• Falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI): Uso inadequado ou a ausência de equipamentos de segurança como cintos de segurança e redes de proteção.
• Falta de treinamento e conscientização: Trabalhadores não treinados sobre práticas seguras de trabalho e riscos associados a quedas.
• Desordem e obstrução em áreas de passagem: Presença de materiais ou equipamentos que podem causar tropeços.

2. Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e DORT 

Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são condições que afetam músculos, nervos, tendões, ligamentos, articulações, cartilagens, ou discos vertebrais. 

São especialmente comuns em ambientes de trabalho que exigem movimentos repetitivos, posturas forçadas ou inadequadas, esforço físico intenso, e podem ser exacerbadas pelo estresse laboral ou uma ergonomia de trabalho pobre. 

Estas condições são progressivas e podem levar a dor crônica, incapacidade funcional, e até mesmo a incapacidade permanente se não forem devidamente gerenciadas.

3. Acidentes com máquinas e equipamentos 

Acidentes com máquinas e equipamentos representam uma parcela significativa dos incidentes nos locais de trabalho, especialmente em indústrias que dependem fortemente do uso de maquinário pesado, como manufatura, construção e agricultura. 

Esses acidentes podem variar de cortes e contusões leves a ferimentos graves, como amputações, esmagamentos, queimaduras ou até morte. 

A natureza e a gravidade dos ferimentos dependem de vários fatores, incluindo o tipo de máquina envolvida, o nível de segurança implementado e a capacitação dos operadores.

Alguns fatores de risco são:

• Falta de proteção em máquinas: Muitos acidentes ocorrem devido à falta de proteções adequadas ou ao uso inadequado de dispositivos de segurança.
• Manutenção inadequada: Falhas mecânicas devido à manutenção insuficiente podem levar a acidentes inesperados.
• Treinamento inadequado: Operadores sem a formação necessária para usar equipamentos de forma segura correm um risco maior de acidentes.
• Desatenção e fadiga: A falta de atenção devido à fadiga ou à distração pode resultar em erros críticos ao operar máquinas.
• Vestuário inadequado: Roupas soltas podem ficar presas em partes móveis de máquinas, causando acidentes.

4. Acidentes de trajeto ou deslocamento 

Acidentes de trajeto ou deslocamento referem-se a incidentes que ocorrem no percurso entre a casa do trabalhador e o local de trabalho, e vice-versa. 

Embora possam não ocorrer fisicamente no ambiente de trabalho, muitos sistemas jurídicos consideram esses acidentes como parte dos acidentes de trabalho, reconhecendo que o deslocamento faz parte da rotina laboral. 

Eles podem incluir acidentes de carro, moto, bicicleta, ou mesmo como pedestre.

5. Acidentes com produtos químicos: 

Acidentes com produtos químicos no ambiente de trabalho podem envolver a exposição a substâncias perigosas, incluindo líquidos, gases, vapores e sólidos que podem ser tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou reativos. 

Esses acidentes podem ocorrer em diversos setores, como manufatura, construção, agricultura, laboratórios de pesquisa e saúde. 

Os riscos associados aos produtos químicos dependem da natureza da substância, da quantidade envolvida, da duração da exposição e das medidas de segurança em vigor.

Alguns fatores de risco são: 

• Armazenamento inadequado: Falta de armazenamento adequado pode levar a vazamentos, derramamentos e reações químicas perigosas.
• Manipulação incorreta: A manipulação insegura de produtos químicos pode causar exposição direta, resultando em queimaduras químicas, inalação de vapores tóxicos, entre outros.
• Falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI): Não utilizar EPI adequado aumenta significativamente o risco de lesões.
• Treinamento insuficiente: Trabalhadores sem treinamento adequado sobre como lidar com produtos químicos de forma segura correm um risco maior de acidentes.
• Falha nos procedimentos de segurança: A falta de procedimentos de emergência claros pode exacerbar as consequências de um acidente químico.

6. Choques elétricos, golpes contra objetos, ferramentas, fraturas, contusões e esmagamentos 

Choques elétricos, golpes contra objetos, o uso de ferramentas, fraturas, contusões e esmagamentos representam um amplo espectro de acidentes de trabalho que podem ocorrer em quase todos os ambientes de trabalho. 

Desde escritórios até canteiros de obras, a variedade de riscos associados a esses tipos de acidentes destaca a importância de uma abordagem abrangente em relação à segurança no trabalho. 

Cada um desses tipos de acidentes tem causas e medidas preventivas específicas.

7. Estresse e ansiedade: 

Estresse e ansiedade no ambiente de trabalho estão se tornando cada vez mais reconhecidos como questões sérias de saúde ocupacional, afetando a produtividade, o bem-estar dos trabalhadores e o ambiente organizacional como um todo. 

Embora menos tangíveis do que os acidentes físicos, seus efeitos podem ser igualmente debilitantes, levando a uma série de problemas de saúde física e mental, além de impactar negativamente o desempenho e a satisfação no trabalho.

As consequências do estresse e da ansiedade podem variar desde problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, até problemas físicos, incluindo doenças cardíacas, hipertensão e um sistema imunológico enfraquecido. 

Além disso, podem levar a um aumento no absenteísmo, na rotatividade de funcionários, em acidentes de trabalho e em uma queda geral na qualidade do trabalho.

Como prevenir acidentes de trabalho

Ao adotar práticas de prevenção para acidentes de trabalho, as empresas protegem seus colaboradores e promovem um ambiente de trabalho mais seguro, produtivo e motivado.

A prevenção de acidentes de trabalho é uma estratégia que traz benefícios tanto humanos quanto econômicos.

A Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é crucial para qualquer organização, independentemente do seu tamanho ou do setor em que atua. 

Uma gestão eficaz de SST não só protege os colaboradores contra lesões e doenças ocupacionais, mas também reduz os custos associados a acidentes de trabalho, como dias de trabalho perdidos, indenizações, multas e danos à reputação da empresa.

Além disso, um ambiente de trabalho seguro aumenta a satisfação e a produtividade dos funcionários, fortalecendo a imagem da empresa como um local de trabalho desejável.

Algumas práticas que podem ser implementadas são:

Avaliação de riscos

Realizar avaliações de risco regulares para identificar potenciais perigos no ambiente de trabalho e implementar medidas de controle adequadas.

Treinamento e educação 

Fornecer treinamento contínuo aos funcionários sobre práticas de trabalho seguras, uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) e procedimentos de emergência.

Comunicação efetiva 

Estabelecer canais de comunicação claros para que os trabalhadores possam relatar condições inseguras ou sugerir melhorias na segurança do trabalho.

Manutenção preventiva: 

Assegurar que todas as máquinas e equipamentos sejam regularmente inspecionados e mantidos em boas condições de funcionamento.

Cultura de segurança 

Promover uma cultura organizacional que valorize a segurança, incentivando a participação ativa de todos os funcionários nas práticas de SST.

Apoio à saúde mental 

Reconhecer a saúde mental como parte integrante da saúde e segurança no trabalho, oferecendo apoio e recursos adequados para o bem-estar emocional dos colaboradores.

Flexibilidade e ergonomia: 

Adaptar o ambiente de trabalho e as tarefas às necessidades físicas dos trabalhadores, reduzindo o risco de lesões musculoesqueléticas e outras condições relacionadas ao trabalho.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): 

Fornecer e exigir o uso de EPI adequado para a tarefa em questão, garantindo que os trabalhadores estejam protegidos contra riscos específicos.

A prevenção de acidentes de trabalho é um ponto essencial da gestão empresarial que beneficia todos os envolvidos.

Ao implementar práticas eficazes de SST, as empresas cumprem com suas obrigações legais e promovem um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo.

Destacamos os sete tipos de acidentes de trabalho mais comuns e as estratégias efetivas para preveni-los, enfatizando a importância da SST para proteger o bem-estar dos colaboradores e preservar a integridade da empresa.

A prevenção é, sem dúvida, a abordagem mais eficaz para combater os acidentes de trabalho.

Se quiser saber mais sobre SST e a importância dela no ambiente empresarial, confira nosso blog! 

Lá você encontra diversos conteúdos e informações que impulsionam o sucesso de negócios. Não deixe de acompanhar nas redes sociais, para conteúdos diários!